Liderar Conhecendo os Perfis Comportamentais da sua Equipa

Quais as principais dores da sua empresa? Habitualmente, as empresas que recorrem aos nossos serviços deparam-se com três áreas desafiantes, com as quais nem sempre é fácil lidar: 

• Dinheiro
• Tempo
• Equipa

Destes três fatores, a equipa acaba por ser o “centro” do sucesso da empresa e deverá ser esse o principal foco do empresário!

Se a sua equipa funcionar harmoniosamente, com sistemas bem definidos, de forma autónoma, conseguirá controlar de forma mais eficiente o tempo (seu e dos seus colaboradores) e, inevitavelmente, o impacto será positivo na satisfação dos seus clientes, gerando mais dinheiro. Faz sentido?

Então, hoje vamos falar sobre a sua equipa!

A insatisfação com o desempenho da equipa, ou com alguns membros da mesma, tornam o dia a dia do empresário e dos seus colaboradores penosos… As tarefas acumulam, apagam-se fogos constantemente, há desresponsabilização, tarefas de relevo são elaboradas em cima da hora e sem rigor, cometem-se erros, há um ambiente de desmotivação e, inevitavelmente, os clientes sentem esta dor e optam por se afastar.

Por certo já se questionou…

… em ter uma equipa de sonho? 

… em dispensar um ou outro colaborador, com o qual está descontente, acreditando que isso seria o suficiente para melhorar o ambiente na sua empresa? 

… que determinado colaborador que contratou para uma função está a ter um desempenho muito aquém do esperado?

… que terá de “substituir” as pessoas para que a “máquina funcione”, mas… e que garantia tem de que irá funcionar melhor com novas contratações?

O segredo está em conhecer as suas pessoas e as suas necessidades!

Como?

Já ouviu falar no perfil DISC?

A análise e utilização do relatório de perfil comportamental DISC para cada um dos seus colaboradores (o seu, inclusive) é imprescindível na liderança e na gestão de equipas!

É uma excelente ferramenta que permite uma melhoria na comunicação dentro da sua empresa, reduzindo conflitos, facilitando o bom relacionamento entre os colaboradores e, consequentemente, uma otimização dos resultados, quer individuais quer em grupo. O simples facto de permitir uma autoanálise comportamental, e como se deve ou não comunicar com cada perfil, é bastante benéfica para os seus utilizadores, principalmente para uma boa comunicação dentro da equipa.

O DISC categoriza os comportamentos em quatro áreas: 

• Dominância: perfil assertivo, focado em resultados, decisões rápidas, impaciente, deseja liderança. Ideal para funções de liderança.
• Influência: muito extrovertido, orientado para pessoas, visão otimista, forte capacidade de comunicação, não lhe agradam rotinas. Ideal para funções comerciais.
• Estabilidade: muito paciente, preza a estabilidade, não assume riscos, gosta de trabalhar a um ritmo estável e constante. Ideal para funções de ação social, saúde, medicina, administrativo. Decide calmamente, sem stresse e ponderando tudo e todos.
• Conformidade: baseia-se em factos e análises, precisão e exatidão, confia no valor da estrutura, valoriza e aplica as regras. Ideal para funções de análise e rigor, como contabilidade, controlo. Quando decide, quer saber todas as vantagens e desvantagens.

Um comercial, por exemplo, deverá ter um perfil comportamental “I”. Consegue imaginar como se irá sentir um “I” elevado a exercer funções de contabilidade, por exemplo, cujo perfil ideal será um “C”?

Por outro lado, pense como será a comunicação entre um “D” elevado e um “S”, se não houver a mínima noção dos perfis comportamentais de ambos! Têm ritmos e formas naturais de comunicar completamente diferentes! O “D” vai estar a exigir a conclusão de uma tarefa urgentemente, falando de uma forma assertiva e eventualmente rude… O “S” vai ficar bloqueado, em stresse, completamente perturbado sem conseguir dar o seu melhor.

E na sua empresa? Tem as pessoas certas no lugar certo?

1. Conheça o perfil comportamental dos seus colaboradores, as suas reações perante as diversas situações e quais as suas motivações, o que as move, qual é a sua realidade fora da empresa, que possa condicionar o seu desempenho.
2. Analise quais as características comportamentais necessárias para cada uma das funções da sua empresa.
3. E agora? Consegue encaixar as suas pessoas nas necessidades da sua empresa? Tem as pessoas certas nos lugares certos? Vamos “encaixar as peças”!

Pode chegar à conclusão que, para tirar o máximo partido de um determinado colaborador, é necessário alterar as suas funções e responsabilidades. E se tal ocorrer, comunique-o abertamente e constatará que essa pessoa irá aceitar o novo desafio com agrado e motivação.

Pode também concluir que, de facto, determinado colaborador não se encaixa na cultura da sua empresa, na sua equipa, daí o desgaste e desmotivação da pessoa. Quando assim é, assuma a realidade, pois protelar e deixar o tempo passar não beneficia nenhuma das partes.

Precisa de reforçar a sua equipa? Como o fazer?

Em primeiro lugar, defina exatamente qual o perfil comportamental adequado para essa função! Faça o processo de recrutamento tendo por base essas premissas, analisando os perfis DISC da sua “short list” de candidatos, e não descure as competências técnicas necessárias. 

Porém, tenha sempre presente que skills técnicos aprendem-se e desenvolvem-se, e alguns comportamentos podem ser muito difíceis de adaptar e integrar na sua equipa!

Ter uma equipa feliz e motivada a cuidar dos seus clientes fará certamente toda a diferença no seu negócio.

E lembre-se… tratar o outro como nós gostamos de ser tratados não funciona. A chave da comunicação e da liderança está em tratar o outro da forma como ele gosta de ser tratado! Se quer saber mais sobre os relatórios e respetiva análise de perfis comportamentais DISC e Motivators, ou se está neste momento a viver desafios como os abordados neste artigo, e sente necessidade de saber mais, tirar alguma dúvida ou colocar alguma questão, terei muito gosto em receber as suas partilhas e comentários.